sexta-feira, 23 de agosto de 2019

HISTÓRIA ENSINO MÉDIO TERMO II

HISTÓRIA ENSINO MÉDIO TERMO II
UNIDADE 1

       RENASCIMENTO E REFORMA RELIGIOSA: CARACTERÍSTICAS CULTURAIS E RELIGIOSAS DA EUROPA NO INÍCIO DA IDADE MODERNA E A CONTRA-REFORMA

       FORMAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO ESTADO ABSOLUTISTA NA EUROPA OCIDENTAL.

       A EUROPA E O NOVO MUNDO: RELAÇÕES ECONÔMICAS, SOCIAIS E CULTURAIS DO SISTEMA COLONIAL.

       O ILUMINISMO E LIBERALISMO: REVOLUÇÃO INGLESA (SÉCULO XVII) E FRANCESA (SÉCULO XVIII) E INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS.

O RENASCIMENTO
O Renascimento foi essencialmente um movimento urbano e nasceu nas cidades italianas que viviam do comércio como: Veneza, Pisa e Gênova. Foi também um movimento elitista, cujas obras estavam ao alcance apenas das pessoas muito ricas.
CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO CULTURAL
       Retomada da cultura clássica: os pensadores do Renascimento queriam conhecer e estudar textos da cultura clássica, não para copiá-los, mas sim para refletir sobre eles, dentro do contexto da passagem da Idade Média para a Moderna.
       “O homem é a medida de todas as coisas”: talvez a mais marcante característica do Renascimento tenha sido a valorização do ser humano, encontrando neles as qualidades e as virtudes até então negadas pelo pensamento católico medieval.
       O ideal de universalidade: os renascentistas acreditavam que uma pessoa poderia vir a aprender e, a saber, tudo o que se conhece. Seu ideal de ser humano era aquele que conhecia todas as artes e todas as ciências.
RENASCIMENTO CIENTÍFICO
Os renascentistas adotaram certo distanciamento em relação às pregações católicas que dificultavam e muitas vezes condenavam a investigação científica. Essa atitude favoreceu, a partir do século XVI, o desenvolvimento de vários ramos da ciência. A principal contribuição do Renascimento ao conhecimento científico foi o desenvolvimento da observação e da experimentação.
REFORMA RELIGIOSA
Durante a Idade Média, a Igreja conquistou um vasto império territorial e acumulou enorme riqueza, em grande parte doações de fiéis. Ao mesmo tempo em que atribuía a si a exclusividade de intercessão junto ao plano divino, a clero católico aproveitava-se da crença dos fiéis para usufruir de privilégios, enriquecerem, compartilhar do poder político. Essas atitudes receberam muitas críticas ao longo dos séculos, mas no início da Idade Moderna a indignação de muitos católicos resultou na divisão da cristandade do Ocidente.
O pensamento renascentista influenciou decisivamente o processo da Reforma Religiosa. Ao propor uma nova forma de entender o mundo, valorizando o homem e suas realizações, os pensadores renascentistas entraram em confronto com o pensamento dogmático da Igreja, que defendia o sofrimento humano, a pobreza e a submissão às injustiças como condições necessárias para alcançar o Paraíso, atitudes que os clérigos defendiam em seus discursos, mas não adotavam como prática de vida.
Apesar de não ter a intenção de romper com a religiosidade, o Renascimento representou um distanciamento das pessoas em relação aos dogmas, o que sem dúvida facilitou a adesão às novas religiões surgidas com a reforma, entre elas: O Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo.

LUTERANISMO

Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483 em uma família burguesa. Humanista e licenciado em artes se tornou, monge da ordem agostiniana em 1505. Também foi professor de Teologia. Passou a afirmar que as indulgências não redimiam os pecados, que as doações à Igreja não serviam para salvar as almas da condenação após a morte. Para Lutero o caminho da Salvação era o arrependimento, entrando em choque com a Igreja Católica.
Em 1517 Lutero afixou na porta da capela de Wittenberg um documento que continha 95 teses sobre a prática de indulgências. As teses criticavam a venda do perdão sob a alegação de que o
Papa não poderia livrar ninguém do pecado em função de uma contribuição material. Foi excomungado em 1521.
Em 1530 Lutero escreve um livro onde coloca alguns pontos que se tornam base da doutrina Luterana. Os principais são: a salvação se dá unicamente pela fé; a interpretação da Bíblia é livre; são necessários apenas dois sacramentos:- batismo e eucaristia; supressão do celibato clerical e do culto as imagens; submissão da Igreja ao Estado.

CALVINISMO

Apesar de convertido ao Luteranismo, o teólogo francês Jean Calvino introduziu novas idéias ao movimento Protestante. Acreditava que o mundo estava totalmente submetido a vontade de Deus, e o homem já nascia predestinado à salvação ou a condenação.
O culto calvinista simplificou todas as cerimônias e rituais, restringindo-se aos comentários sobre os textos bíblicos. Calvino em sua doutrina ressaltava a necessidade da disciplina moral e valorizava o trabalho e a poupança. Dizia que a riqueza material obtida com o trabalho era um sinal de que a pessoa estava predestinada à salvação. Por essa razão sua doutrina foi adotada por grande parte da burguesia na Suíça, Inglaterra e Holanda.

ANGLICANISMO

A burguesia e a nobreza inglesas viam os padres como “a classe vadia” e há muito desejavam o fim dos pagamentos de tributos à Igreja. Aproveitando-se de um conflito entre Henrique VIII e o papa Clemente VII, que se recusou a anular seu casamento com Catarina de Aragão, o monarca rompeu com Roma. Em 1534 o Parlamento inglês votou o Estatuto da Supremacia, transformando Henrique VII em chefe supremo da Igreja da Inglaterra, ou Igreja Anglicana. O anglicanismo preservou grande parte dos rituais e celebrações e dogmas católicos.

CONTRA-REFORMA
A Contra-Reforma também denominada Reforma Católica é o nome dado ao movimento criado no seio da Igreja Católica em resposta à Reforma Protestante iniciada com Lutero, a partir de 1517. Em 1543, a igreja Católica Romana convocou o Concílio de Trento estabelecendo entre outras medidas, a retomada do Tribunal do Santo Ofício (inquisição), a criação do "Index Librorum Prohibitorum", com uma relação de livros proibidos pela igreja e o incentivo à catequese dos povos do Novo Mundo, com a criação de novas ordens religiosas dedicadas a essa empreitada, incluindo aí a criação da Companhia de Jesus. Outras medidas incluíram a reafirmação da autoridade papal, a manutenção do celibato, a criação do catecismo e seminários, a proibição das indulgências.
O ABSOLUTISMO

A partir do século XI, durante o período chamado de Baixa Idade Média, o poder político descentralizado característico do sistema feudal começou a passar por um longo processo de centralização. A centralização do poder nas mãos do Rei denominou-se Absolutismo. No Estado Absolutista o Rei contava com o apoio da burguesia mercantil.
O Absolutismo aparece como expressão política do mercantilismo. Em virtude das especificidades das práticas mercantilistas, o apoio do Estado era fundamental. Havia a necessidade de criar leis protecionistas, conquistar colônias e promover o metalismo, condições indispensáveis para o crescimento da economia baseada na atividade mercantil.
Entre os defensores do Absolutismo como forma de governo pode destacar Nicolau Maquiavel, Javques Bossuet, Thomas Hobbes e Hugo Grotius.
O NOVO MUNDO E O SISTEMA COLONIAL

No início dos tempos modernos, os europeus se lançaram à exploração de terras e mares até então desconhecidos para eles. Nessa aventura entraram em contato com outras culturas e civilizações. Tomaram suas terras pela força e realizaram a façanha de conhecer nosso planeta, seus mares e continentes.
Aos poucos a Europa tornou-se o centro da nascente da economia mundial. A expansão ultramarina européia do início do século XV marcou o início das dominações do mundo pelos europeus.
Os povos da África e da América foram os primeiros a ser submetidos pelos europeus e suas armas de fogo. Em nome do comércio e do lucro, populações de africanos foram escravizadas e milhões de habitantes americanos foram dizimados nas minas e plantações.

IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS

Os portugueses concentraram seus esforços colonizadores no Oriente, mas em 1530. Para evitar que ingleses e franceses se estabelecessem feitorias na costa brasileira, os portugueses deram início a colonização do Brasil.
Em 1534, a Coroa Portuguesa instituiu o sistema de Capitanias Hereditárias para promover a colonização do Brasil. Na metade do século XVI iniciou-se no Brasil uma fase que muitos historiadores chamam de ciclo do açúcar. O cultivo da cana de açúcar foi a principal base material que propiciou o estabelecimento do europeu nos trópicos.
A expansão da indústria do açúcar no Brasil foi responsável pelo desenvolvimento do comércio de escravos africanos em grande escala. O tráfico de escravos africanos tornou-se um dos setores mais rentáveis do comércio colonial.

IMPÉRIO COLONIAL ESPANHOL

Os espanhóis submeteram os habitantes americanos em aproximadamente cinqüenta anos. A colonização espanhola significou a destruição das civilizações pré-colombianas existentes na América. A destruição dos impérios inca e asteca foi provocada pela primeira corrida aos metais preciosos da época moderna.
Em 1521 os espanhóis destruíram o império asteca e construíram a Cidade do México; em 1535 dominaram o império inca e fundaram Lima.
Em pouco tempo os espanhóis mandaram para a América funcionários administrativos e governadores. A Igreja teve um papel importante na colonização espanhola, já que seus membros pretendiam cristianizar as populações americanas.

EFEITOS DA COLONIZAÇÃO EUROPÉIA NA AMÉRICA

As consequências do contato entre europeus e americanos se fizeram sentir em pouco tempo, e afetaram todos os aspectos da vida dos habitantes dos dois continentes.
O espaço conhecido pela humanidade se expandiu com o conhecimento do mundo e de outras civilizações. Novos alimentos e produtos foram incorporados a dieta dos europeus como a batata, o milho, tomate, tabaco, etc.
No plano político o afluxo de metais preciosos americanos fortaleceu as monarquias absolutistas da Europa.
No plano econômico a riqueza estimulou o comércio que se deslocou do Mediterrâneo para o Atlântico.
No plano social a nobreza européia entrou em decadência e comerciantes e industriais enriqueceram.
A prata e ouro americano provocaram alta nos preços e várias revoltas ocorreram neste período, que tinham como principal causa as desigualdades promovidas pelo repentino enriquecimento de uma minoria européia.

ILUMINISMO

Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.
O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil.
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões política devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas.
No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa.
Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d’Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.

O LIBERALISMO
O Liberalismo econômico criticava as práticas mercantilistas adotadas pelos reis absolutistas. As principais características da doutrina econômica liberal foram: a idéia de que a economia se auto regula por suas leis naturais; a defesa da livre concorrência; a liberdade cambial; a defesa da propriedade privada; o combate ao mercantilismo; o estímulo a expansão demográfica para criar um vasto império de mão de obra. O Liberalismo Político a teoria do direito divino dos reis perdeu o sentido e o Estado passou a ter a função de promover a felicidade das pessoas. Outra grande transformação seria a separação definitiva entre política e religião.
Com a nova maneira de pensar do século XVIII e o fim do absolutismo a Europa assistiu a um século de revoluções nacionais que eclodiram em vários países.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século
XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (Maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro
benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.

Conclusão

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos têm faltado empregos para a população.

REVOLUÇÃO FRANCESA

A França foi o país no qual, os efeitos do absolutismo mais se fizeram sentir durante o governo de Luis XVI; os impostos sobre o campesinato e a burguesia tornaram-se cada vez mais pesados, o que acabou por gerar uma revolta.
Em 14 de julho de 1789 tem início a Revolução Francesa, que tinha como lema: “liberdade, igualdade e fraternidade”. Em 1791 a constituição francesa é promulgada e a França passa a ser uma monarquia constitucional. Como o rei não aceitava a constituição foi preso e acusado de tramar contra o novo regime francês. Em 1795 foi proclamada a segunda constituição que garantiu entre outras coisas: instrução primária obrigatória e gratuita; sufrágio universal e reforma agrária.
Durante esse período os princípios revolucionários franceses foram amplamente difundidos pela Europa.

REVOLUÇÃO AMERICANA

As colônias inglesas da América do Norte gozavam de certa autonomia. Em cada uma delas havia um governador representante da metrópole. Com a guerra dos Sete Anos, a Inglaterra quis cobrar impostos para compensar seus gastos e também criou um imposto sobre o chá, o que gerou indignação entre os colonos que decidiram criar um exército nacional e enfrentar as forças enviadas pela Inglaterra para conter os rebeldes. Era o início da luta entre colonos, norte americano e a metrópole. Em 4 de julho de 1776, liderados por George Washington (primeiro presidente dos Estados Unidos), as colônias se declararam independentes e, após sete anos de luta os colonos norte americanos derrotaram as forças inglesas. Em 1787 promulgaram sua Constituição na qual se
proclamaram uma República Federativa, com a divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário. A escravidão negra foi mantida.
O exemplo da bem sucedida rebelião dos colonos ingleses se espalhou por todo o continente 

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